Não sei dizer, exatamente, quando foi que decidi fazer medicina. E também não sei explicar, com detalhes, o que me levou até a neurocirurgia. O fato é que nenhum dos dois nunca foi um sonho de infância ou um chamado vocacional.
Pensando a respeito dessas escolhas, tenho percebido que o melhor impulso é o DESAFIO. A dificuldade do caminho deve ser um combustível, mostrando que é preciso se testar a todo momento, se dispor a ultrapassar os limites, ou pelo menos TENTAR superá-los. Estar acomodado em uma zona de conforto, em que tudo se repete da mesma forma, o tempo todo, pode dar uma sensação de segurança, mas, ao mesmo tempo, deixa um vazio, falta alguma coisa que traga a vontade de viver a cada dia.
Não tenha medo de se desafiar. Não é preciso andar 100km na primeira tentativa. Dê um passo a cada dia, e comemore a distância percorrida!
Foi assim que cheguei ao final de 11 anos de formação.